Quer estejas sentad@ ou de pé, inspira profundamente e traz toda a tua atenção à tua coluna.
Sente cada uma das vértebras. Imagina que tens um fio a puxar-te pelo topo da cabeça, enquanto os teus pés te agarram ao chão. Relaxa os ombros. Deixa que o teu queixo fique à distância de um punho fechado do teu peito.
Fica aqui por alguns instantes.
Grava esta sensação. E usa-a sempre que te lembrares ou achares que faz sentido.
Desenvolver uma boa postura é fundamental para melhorares o teu andar e protegeres a tua coluna. Mas há mais .
Após um AVC, a postura é frequentemente afetada. O corpo perde referências internas de alinhamento, a conexão entre o cérebro e os músculos e padrões de compensação instalam-se sem pedir licença. O que começa como uma pequena adaptação para conseguir levantar um braço ou dar um passo rapidamente acaba numa cadeia de desequilíbrios: um ombro que sobe, a cabeça que se projeta para a frente, a coluna que perde o seu eixo natural.
Estas compensações não são apenas desconfortáveis — são perigosas. Levam a dores crónicas, limitam o movimento e pioram a eficiência da respiração. Uma postura desalinhada faz colapsar a caixa torácica, reduzindo a capacidade pulmonar e dificultando a troca de oxigénio.
Menos oxigénio, menos vitalidade. Menos vitalidade, menos capacidade de o cérebro se regenerar.
Sim, a postura é também uma ponte entre corpo e cérebro.
Um corpo desalinhado envia constantemente sinais de alerta ao sistema nervoso, como quem diz: “Estamos em perigo!” — o que mantém o cérebro num estado de stress silencioso, sabotando a recuperação.
A postura não é apenas uma questão de aparência ou elegância.
É uma necessidade vital para reconstruíres o teu corpo, fortaleceres a tua respiração e reactivares a ligação com o teu cérebro.
É um trabalho de base. Um alicerce para a tua recuperação.