Respira profundamente e observa.

Estás agitad@? Com pouca vontade? Distraíd@? Focad@? Presente? Em perfeita harmonia?

Nem sempre é fácil responder a estas perguntas. E não tem de ser. O equilíbrio nem sempre é um estado constante – às vezes é um lugar que visitamos por breves instantes. Outras vezes, parece algo que nunca chegámos verdadeiramente a conhecer.

A verdade é que muitos de nós, antes do AVC, já vivíamos desequilibrados.
Ritmos acelerados, excesso de responsabilidades, desconexão do corpo, exigência constante da mente… Tudo isto cria um terreno instável, mas tão normalizado que nem sempre nos apercebemos disso.

E então, um dia, tudo muda. O corpo para. A vida abranda à força.
E entre os escombros do que se perdeu, pode surgir uma pergunta nova:
Quem sou eu agora? E onde está o meu ponto de equilíbrio?

O AVC, com toda a sua dureza, pode ser também uma oportunidade.
Oportunidade de reavaliar. De reaprender. De reencontrar.
E sobretudo, de reconstruir esse equilíbrio – por dentro e por fora – com mais consciência.

Na recuperação, o equilíbrio físico é um dos primeiros desafios.
Mas não é o único. Há também o equilíbrio emocional, mental, relacional…
E há a sensação de instabilidade que persiste, mesmo quando tudo à volta parece calmo.

É aqui que a Yogaterapia pode fazer a diferença.

Com práticas adaptadas e progressivas, ela convida-nos a observar, a sentir e a reconstruir:
→ A presença dos pés no chão.
→ O alinhamento da coluna.
→ A respiração como âncora.
→ O olhar interior como bússola.
→ A escuta do corpo como guia.

O equilíbrio, afinal, não é sobre ficar imóvel.
É sobre saber mover-nos a partir do centro.
Saber voltar a nós quando nos perdemos.
Saber dar tempo ao corpo, espaço à mente e compaixão às emoções.

O teu ponto de equilíbrio talvez não seja o mesmo de antes.
Talvez nem soubesses que precisavas de um.
Mas ele está aí, à espera de ser descoberto.

Com tempo. Com curiosidade. Com gentileza.
Mesmo quando tremes.